sábado, 4 de outubro de 2008

Quem disse que anjos não tem asas II

Hoje eu fiz uma limpeza no pátio, coisa que a mãe adorava fazer, e como ela dizia, era o maior prazer dela, e deixei acumular muitas folhas desde a partida dela. O Marcelinho fez uma limpeza bem matada durante a semana e havia deixado pelo meio do caminho, então fui lá para deixar tudo como a velhinha gostava.
Quando eu tava terminando o trabalho, uma vizinha apareceu para conversar, ela é filha do casal referido no sonho do Marcelinho (Pedrozo).
Contei a ela sobre o sonho, e sobre outras coisas que aconteceram, como as cartas deixadas, as vezes que a mãe falou sobre eles e tudo mais.
Não é que eu sabia que tinha alguem nos observando o tempo todo, pois é, quando olho para o meio das taquareiras, tava ali ele, um beija flor espiando o que estavamos fazendo.
Eu acredito muito mais em anjos alados que possam imaginar

terça-feira, 30 de setembro de 2008

E quem disse que anjos não tem asas


O mais belo relato pós passagem de nossa mãe, fôra o de nossa irmã Jurema, no qual chamamos carinhosamente de Jú, ou simplesmente mana.
Desde que a mana começou a trabalhar fora de casa, perto de seus dezoito anos, ela trabalhou em empresas de securidade social, e após algum tempo desenvolvendo atividades regulares de escritório, foi designada com secretária executiva, função na qual desempenhou até no ano passado, antes de receber uma promoção na empresa que trabalha hoje em dia.
30 de setembro alem de ser comemorado o dia da bíblia, também se comemora o dia secretária, ocasião que a mana recebia flores de colegas, superiores e clientes, todos os anos. Sua sala ficava toda colorida e aromática, e de praxe, ela recolhia todas ao final do dia e levava para casa de nossa mãe. A mãe ficava muito feliz e de imediato já começava a arruma-las para levar a Capela Dom Orione, afim de decorar o altar de Nossa Senhora. E ano após ano isso se sucedeu, até este que nossa mãe foi elevada e que a mana não está mais atuando na função de secretária.
A empresa que a mana trabalha, fica em pleno centro da cidade, em plena selva de pedra, com raríssimos exemplares de fauna ou flora, local que em geral se caracteriza pela cor cinza. Sua sala fica num dos últimos andares de um prédio razoávelmente alto, e de sua janela, podemos fitar uma bela imagem do estuário do Rio Guaíba.
A mana relata que ao chegar no trabalho ficou muito chateada, pois sabia que não teria o mesmo mimo de todos os anos, mas de súbito, adentra um rapaz em sua sala, portando um ramalhete com flores explêndidas. Ela de cara, perguntou ao entregador, se ele estava entregando a pessoa certa, e ele confirmou que sim, pois sua empresa lembrou-se dela. Lógico que deste instante em diante, a emoção tomou-a novamente, pois aconteceu o inesperado e ela poderia levar as flores até o altar da igreja.
Depois de uma manhã de emoção, ela arrumou sua mesa, deixou a janela aberta para arejar a sala, e saiu para o intervalo de almoço. Em seu retorno encontra a mesma colega que lhe presenteara dias antes com a Sagrada Família, em pleno extase e fica intrigada com a cena em voga.
Sua colega, nervosa, lhe conta que ao sair para o almoço, passou na frente da sala da mana, e olhou na direção da flor que estava lá, e quando prestou mais atenção, viu que existia algo mais, e para surpresa dela, havia um beija-flor deliciando-se no nectar daquela flor. O bichinho fartou-se e depois tentou sair, mas não conseguia, batendo nos vidros da sala ficou atordoado e dizem que foi um grande mutirão para ajudar o pobre a achar o caminho da rua, mas ele insistentemente voada sem rumo, e sucegou somente quando bateu num objeto sob a mesa, e ficou ali parado. Veio um jovem colega e pegou-o nas mãos, e o conduziu até a janela. Quando foram ver em qual objeto ele havia batido, viram que tratava-se de um bibelo portanto uma plaquinha com os dizeres de "eu te amo".
Vocês acreditam que anjos existem, e tem asas? Nós sim.

sábado, 20 de setembro de 2008

Compromissos assumidos, promessas cumpridas


Muitos são os relatos que chegam a nós, de pessoas que sonham com nossa mãe, e em todos, nossa mãe diz que esta muito bem, e em geral aparece acompanhada de pessoas que lhe foram queridas em vida.
Começaremos nosso relato de hoje, com referência a extrema religiosidade de nossa mãe, e as formas que ela usava para divulgar sua fé. Sua formação católica, lhe permitia distribuir souvenirs com dogmas católicos de todas as formas, pois ela gostava muito de presentear as pessoas queridas com rosários, crucifixos, escapulários e outros semelhantes, chegou até montar um pequeno "studio" em volta de um sofá, em nossa sala, para confeccionar todo tipo de artesanato, ao qual foram distribuidos com muito carinho a uma série de pessoas.
Um de seus presentes, foi dado a sua netinha, a Marina, que era um bonequinho da Sagrada Família com uma auréula dourada, e que a faxineira quebrou sem querer num dia de limpeza. Nossa mãe havia prometido a Marina que iria concertar o mesmo em sua oficina ou comprar um novo para ela, porem veio a falecer antes de cumprir sua promessa, coisa que chateou muito a sua netinha.
Logo após a passagem de nossa mãe para o outro plano, uma colega de nossa irmã, chegou com um embrulho nas mãos, dizendo que não sabia porque, mas que, ao olhar numa vitrine tal souvenir, fôra tomanda de grande ímpeto, e sem explicação, resolveu compra-lo para presenter a Jurema com tal, e para surpresa dela e de todos nós, qual não era o presente? Exato, um souvenir com imagens da Sagrada Família.
Escrever neste blog é legal, porque podemos ir atualizando a todos com estas coisas bonitas que nos acontecem sempre. Que Deus abençõe suas vidas. Paz e Bem

sábado, 6 de setembro de 2008

Família até por cima do muro

Nossa mãe sempre esteve presente na vida de toda comunidade, participando indiretamente com conselhos, histórias, e compartilhando experiências, vivências e também receitas preparadas com todo carinho. As famílias sempre tinham nela uma referencia de amizade e carinho, que ela compartilhava com o maior prazer, tanto as abastadas, como também as mais humildes.
Nesta história de participação irmanada com todos, há muitos anos vieram morar ao lado de nossa casa, um casal muito bacana, que trouxeram consigo, uma bela história de vida, com muitas referencias de vida religiosa, coisa que agradava muito aos sentidos de nossa mãe. Com eles vieram suas filhas primogênitas, que mais parecem gêmeas, de tão bonito que é o relacionamento delas, e logo depois, nasceu o filho temporão, que sempre foi um menino muito querido.
Estas crianças cresceram partilhando com nossa mãe muitos momentos, e o mais legal, é que muitos deles, aliás, a maioria deles deu-se por cima do muro que divide nossas casas. Através dele, foram contadas histórias infinitas, confidências, relatos das vidas de ambas as famílias, trocas de cortesias, tais como: bolos, pães e muita amizade.
O que nossa mãe mais se orgulhava na relação com esta família vizinha, é que a estima recíproca adquirida ao longo dos anos, lhe dera o status de avó, pois assim que as crianças lhe tinham, e assim que a mãe delas estimulara, pois tinha em nossa mãe, carinho tamanho, que em diversas vezes lhe citou que a adotara como sua própria mãe. E assim por anos fora chamada por cima do muro, como “vó ia”, termo que ela mesma adotara, quando fazia referências a si, perante as crianças que chegavam a ela.
Como nenhum de nós, seus filhos, chegou-se a formar-se na faculdade, ela tinha o maior orgulho da dedicação das meninas vizinhas tinham com os estudos, assim como tinha com a menina vizinha da outra casa, que se formou em veterinária. Mas estas meninas formaram-se em Direito e ela era tão entusiasta desta profissionalização, que sempre fazia referências, que elas iriam restabelecer sua dignidade abalada num processo da guarda de seus netos, gerados no segundo casamento de nosso irmão mais velho, e que lhe causará muita tristeza, tanto pelo afastamento sentenciado pelo juiz, como também pelas acusações infundadas, geradas pelos relatórios dos assistentes sociais que fizeram a análise do caso.
Este relato fora feito, devido a visita que recebemos de uma das meninas, que veio até nós com esta foto, contando o orgulho que ela tinha em ter convivido com nossa mãezinha, e os princípios morais que elas tem em relação a suas vidas e futuros, que certamente alegraram a alma de nossa mãe onde quer que ela esteja.

domingo, 31 de agosto de 2008

Sonhos atuais II

Falando em sonhos, ontem na hora da confraternização do almoço, em homenagem ao aniversario do Ademir, que foi na terça-feira passada, ouvi de longe o Marcelinho comentando ter sonhado com a vó Maria. Ele relatou que a vó Maria havia se reconciliado com a vizinha ao lado.
Realmente a mãe tinha esta mágoa de ter perdido contato com os vizinhos da casa do seu Pedrozo, pessoas que ela sempre estimou, e que numa atitude de tentar alerta-los que estavam perdendo seu filho para o mal, e de tentar protege-los chamando a segurança pública para interferir numa desavença, acabou sendo mal interpretada. A senhora Pedrozo veio a falecer logo em seguida a este fato, e a mãe ficou intrigada e triste com a possibilidade da família deles vincular um fato ao outro, dando a entender que o falecimento da senhora Pedrozo ser culpa dela.
Ela sempre comentava seus sonhos e interpretações comigo, acho que este legado me foi deixado, pois fui companheiro de suas confidencias e comentários por toda vida, e neste sentido, acredito que o sonho do Marcelinho tenha tudo a ver com a real reconciliação com o casal Pedrozo. Pois lá no lugar onde todos vivem em comunhão, tenho certeza que minha mãe foi perdoada por qualquer dúvida que existisse, pois ela rezou centenas de vezes para receber o perdão deste casal, e que os mesmo encontrassem a luz divina.

Sonhos atuais I

Tenho uma amiguinha chamada Bruna, que sonhou que conversávamos com a avó dela, na casa que ela deixou para eles, mas só que a casa era a antiga ainda, e não a nova que existe hoje em dia. Este sonho aconteceu exatamente na época em que tivemos de nos reunir para decidir o que fazer com o patrimônio da família.
Reunimo-nos na segunda-feira posterior ao falecimento de nossa mãe, e colocamos diversos assuntos em pauta, tais como, o pagamento de despesas, destino de roupas e outras coisas. A nossa casa foi o principal item, pois ela fora construída por todos ao longo dos anos, e nos foi doada em usos e frutos, logo que meu pai saiu de casa.
Conforme foi combinado, nossa mãe gerenciou tudo até os últimos minutos de sua vida, aqui tudo tem a carinha dela, o jeitinho dela, com quadros da família em lugar privilegiado, e também imagens de Jesus, Nossa Senhora e Santos por todos os cantos. As panelas ainda estavam sujas e cheias de comida, seu quartinho mantinha as roupas suadas dos últimos dias, e tudo mais que existe na casa, exatamente como ela deixou.
Precisamos tocar a vida em frente, e tomar decisões, como no caso qual destino seria dado a casa, pois ainda moro nela, e sou sozinho. Convidei meu irmão mais velho a vir morar aqui, e ele preferiu dar uma outra sugestão, no qual veio exatamente de encontro à expectativa de todos, que é a construção de um condomínio familiar, onde cada um poderá construir sua casa de acordo com um projeto que iremos encomendar, enquanto isso eu continuo a morar na casa como ela está hoje em dia, exatamente como aconteceu no sonho da Bruninha. Mas ainda tinha a questão do vazio existencial que ficou a casa, então propus que meu sobrinho Marcelinho viesse morar aqui, trazendo sua esposa e filhinha, dando-lhes a possibilidade de fazer economia até que possam adquirir seu próprio patrimônio e também me fazendo companhia.
Ontem comemorarmos o aniversário do Ademir aqui em casa, e aproveitamos para preparar algumas peças da casa para a vinda dos novos moradores. Resolvido a questão Marcelo, ficou a questão Lucas, outro filho do Ademir, que teve há algum tempo um grave problema de saúde psicológica e que precisávamos achar uma maneira de ajudá-lo, foi então que o Ademir deu um presente a toda família, doando seus móveis armazenados aqui em casa para o Lucas poder estruturar a casinha que ele esta alugando com sua nova companheira e filhinho.
Deus é justo, minha mãe zelosa e previdente, e ainda esta intercedendo por nós a cada momento de nossa vida, mandando recados através de sonhos e sinais abençoados. Espero que esta iniciativa que tivemos com nossos primogênitos, sirva para que eles possam encontrar o caminho da luz, e possam dar o mesmo exemplo a todos seus descendentes, que era um dos sonhos de nossa mãe.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Escolhas

Nossa mãe teve uma vida baseada em escolhas, e quase todas embasadas nas respostas de suas orações, coisas que a levaram fazer o bem sempre, o mal nunca a nada, mas que tambem lhe deram a opção por uma vida de lutas e vitórias, como no caso do casamento com nosso pai, de morar no bairro que moramos, de ter sido uma mulher a frente do seu tempo, tirando carteira de habilitação e ter quebrado o paradigma de que mulher e esposa não trabalhavam.
Muitas foram suas escolhas, principalmente a de converter-se em 1974 ao catolicismo, após ter tido uma visão de Nossa Senhora, enquanto estava em tratamento numa clínica psiquiátrica, para curar-se de uma grande depressão. A passagem por esta clínica mudou todas suas concepções, abandonando o espiritismo que acompanhou durante anos, coordenado pela minha madrinha, opção que lhe trouxe muitas respostas, mas nenhuma que lhe trouxe-se alegria.
Nossa mãe sempre quis que sua passagem fosse o mais simples possível, e que gostaria de cantos religiosos e poucos lamentos, tambem pediu como queria que fossem suas vestes, decoração do esquife, mas principalmete o dia e o clima que fosse.
Pasmem vocês, ela sempre desejou que sua passagem ocorre-se num sábado e que seu funerál acontecesse num domingo, pois seria um dia santo, e tambem deixaria todos confortáveis para participar da cerimônia. Foi exatamente o que aconteceu, acrescentando o detalhe que ela gostaria que estivesse chuvendo, pois adorava dias de chuva.
No sábado de sua passagem, é comemorado pela Igreja Católica, a ascenssão de Nossa Senhora aos céus, exatamente no dia de Nossa Senhora da Assumpção.
O clima estava nublado, e na hora da passagem de nossa mãe, o céu fechou-se como na ocasião da passagem de Jesus Cristo, os raios cruzavam para todos os lados e uma chuva torrencial caiu.
Ainda para os céticos das coisas dos céus, fica a informação que no dia aconteceu um eclipse lunar, que para nós católicos, significa uma grande passagem do tempo, como nossos ancestrais sempre acreditaram.
Muitas coisas ainda serão escritas, então acompanhe sempre que possível nossas atualizações.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Diário do Willian XVI

NATAL
2007
Jesus nasceu e vive para sempre
Salve Mãe Virgem Maria
PAZ E BEM


nota: o diário do Willian tem 16 capítulos numerados em romanos

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Diário do Willian XV

Hoje dia 12/12/2007

Lendo e relendo o que escrevi, voltei a rir, como se fosse hoje que estivesse acontecendo. Como é bom ajudar a criar os netos e netas, mas dói quando os pais se portam mal perto deles, como se fossem uns irresponsáveis (fumando, bebendo, brigando, etc.).
Eu posso não ter sido uma das melhores mães, mas sempre dei bons exemplos, com muito sacrifício, mas sempre acompanhei meus filhos em tudo, e não dei tudo, mas o Amor nunca faltou, nem falta e jamais faltará.
Fazer uma criança ou adolescente feliz é o mínimo que podemos doar nesta vida.
É fácil renunciar ao que não presta.
- Se comportar como gente do bem.
- Não andar em más companhias.
- Nunca desprezar ninguém, mas desprezar o que fazem de errado (evitar)
- Ter bom censo
- Vigiar a vida, pois só temos uma.


OBS: O Willian já tem ou já recebeu três Sacramentos - O Batismo, A primeira Comunhão Eucarística e a Confirmação ou Crisma - 14 anos

A Marina, recebeu dois: BAtismo e Eucaristia - 12 anos

nota: o diário do Willian tem 16 capítulos numerados em romanos

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Para Rafael


Faça do teu coração, um depósito de verdadeiros amigos,
Do teu trabalho, o sustento digno do amanhã;
Terás um celeiro, cheio de plena felicidade.
Para Rafael, da nova amiga: Maria Correia

Cartinha que minha mãe escreveu, provavelmente para o meu amigo Rafa Santos que fez seus óculos nesta época.

sexta-feira, 30 de março de 2007

Carta testamento

É bom sempre escrever o que depois desta não se pode falar:
Quando eu partir para a vida eterna, eu gostaria de poucos lamentos, pois tenho a graça de "Deus", de viver todos estes anos, que são inúmeros. Minha vida é repleta de Amor. Amor ao próximo, amor fraterno, amor aos irmãos, amor materno e principalmente amor à "Deus" Uno e Trino, com a grande Mãe Maria Santíssima. Sei que me amam pelas graças que recebo todos os dias. Também à Igreja Católica.
Quero que vigiem suas vidas e sintam o que eu sinto, "Paz".
Escrevo para pedir que: Minhas vestes sejam o mais simples possível. Exemplo: Sem calçados, sem meias, sem sutiem, mas com calcinhas de algodão, não apertadas, tamanho GGG ou extra grande; Túnica solta, leve e não transparente, de cor neutra, não branca, nem preto, muito menos vermelha. Pode ser lilás ou cinza claro, bege, azul celeste, isto é a gosto de quem possa. Se for possível sem flores cobrindo meu corpo, mas sim ramos verdes ao lado do corpo na minha altura. O Terço, este sim, só a cruz, sem o Cristo pregado. Em minha vida sempre sofri por termos sido culpados desta crucificação, mas também feliz por "Ele" ter ressuscitado e se libertado de tanta dor.
Por isso quero levar somente a minha cruz, e Cristo vivo para todo o sempre.
Não estou sendo exigente, sei que vim do pó e a ele estou retornando, sem meu corpo mortal, mas minha alma sei que ressuscitará com Cristo para a eternidade, assim espero, no perdão de meus pecados.
Espero que Nossa Senhora, venha socorrer me na hora derradeira e levar-me a "Deus" para eu ser julgada segundo a vontade "Dele".
Eu creio que a felicidade será eterna.
Só peço não lamente minha partida, porque foi muito bom ter vivido e cumprido a vontade do Pai.
Muita coisa poderia ter sido diferente, mas nunca é tarde para procurar o caminho certo. muitas renúncias, arrependimento sincero, caridade, esperança e muita fé. Principalmente viver o perdão e o amor sem fronteiras aos irmãos.
Paz e Bem!
(Cantiga: Pelas Estradas da vida, ou a teu gosto)
A minha família: Não chamem pessoas que estão longe, só avisem, pois lá nos reuniremos.
Aqui final e recomeço de uma nova vida.
Maria Correia

quinta-feira, 1 de abril de 2004

Depoimento Dom Luciano Mendes

A mãe gostava de assistir a rede vida na televisão, e assistia muito a programas de entrevista, falando sobre todos os assuntos, e de vez em quando anotava o que era dito, aqui fica uma de suas anotações, infelizmente sem data:

O cristão não assumindo sua vocação, poderá até fracassar.
Cada cristão deverá assumir sua vocação, só assim poderá triunfar na vida.
Neste mundo todos temos a missão da construção universal.
Muitos são chamados, mas poucos escutam e seguem.
Tantos começam a estudar para serem médicos, engenheiros, advogados, religiosos e religiosas, mas acham difícil e partem para outro caminho; Muitas vezes este caminho não é o de sua vocação.
Cuide bem de sua vida, trate com carinho, olhe a seu redor quando estiver num caminho, verifique se realmente estas certo. Cuide muito para não errar, ore, reze, faça penitência, retiros e até confissões, só assim te encontrará.

Dom Luciano Mendes - Arcebispo de São Paulo em Aparecida do Norte, apoiou a pastoral do trabalho fora a corrupção - Presidente da CNBB

sexta-feira, 5 de março de 2004

Carta a Rodrigo Scarpetti

Eu vou falar como São Pedro, quando foi abordado por um paraplégico, que estava sobre o chão, pediu-lhe ajuda mas Pedro disse-lhe:
"Ouro nem Prata tenho para te dar, mas te ordeno em nome de Cristo, "Levanta te e Anda". Foi Assim que o paralítico ficou bom, levantou-se e se foi para seu lar.
Nós muitas vezes pensamos que é difícil andar nesta vida, mas não é. Deus está sempre a nos olhar.
Veja Só, com simples palavras Pedro curou o inválido, e para nós que temos Fé é muito mais fácil, basta darmos as mãos à Cristo, nosso coração, e tudo alcançaremos. Mas é preciso fé e perseverança, pois o caminho não é fácil, mas com Deus tudo será.
Seguir os ensinamentos de Cristo, perseverar, orar e desprezar o que não presta, que tudo que é bom virá.
No dia de nosso batismo, recebemos a luz do Espírito Santo. Procuramos vive-la no dia-a-dia de nosso existir.
Quando Deus nos ama, "Ele" faz assim, nos tira do convívio deste mundo e nos coloca ao alcance "Dele", para nossa cura. "Deus é bom".
Deus é bom, mas nós é que esquecemos Dele, ou ignoramos e imaginamos que podemos viver sem "Ele". Ninguém anda sozinho, buscai-o e verás tudo é leve.
Da madrinha Maria p/ Rodrigo.

Rodrigo é filho de uma moça que trabalhou algum tempo em nossa casa, e pediu a nossos pais para batizá-lo, e a mãe sempre ajudou na medida do possível, porém o rapaz pendeu para o lado do mal, e minha mãe sempre preocupou-se com ele, e rezava muito que ele pudesse encontrar o bem

sábado, 8 de fevereiro de 2003

Estou melhor, diminuiu a dor, mas estou quase sem fazer nada de trabalho, evito fazer força, tenho meus pés para cima e o alimento sem sal e menos doce. Já está desinchando meus pés e pernas. Mas eu me sinto como se fosse uma inválida, porque olho para o que tenho de fazer e me sinto incapacitada. Mas decidi guardar-me por alguns dias. Mas faço só o necessário, gostaria de poder realizar mais trabalho, porque esta é a minha vida.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2003

Hoje fui ao médico, verificaram minha pressão arterial e estava boa, 13 x 9. Também fizeram teste de glicose, estava 101, isto é um resultado bom; A médica me examinou, escutou e receitou complexo B, para os ossos e evitar dores. Também diurético fraco e para hipertensão. Estou em cuidado para evitar aumento de peso e perder alguns quilos. Vou seguir as recomendações dos médicos.
(obs.: Não fui ao médico, só fui fazer os exames, mas a Divina Providência atuou em meu favor e novamente minha grande amiga, Dona Manoelinha, deu-me uma fixa para consultar)

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2003

Já é noite, são 22h., mas quero escrever no papel o que penso.
Estou muito bem, trabalho, pouco, não posso fazer força, mas espiritualmente estou realizada, sinto-me em paz, tenho luz, tenho "Deus".
Mas meu corpo está todo bagunçado, meus olhos doem, minhas pernas e pés muito inchados, estou muito gorda, não gosto do que está me acontecendo; Mas também não estou me ajudando, fico a maior parte do tempo sentada, por causa do calor, como disse estou inchada, estou tomando remédio para hipertensão e para uma contusão na costela, e ao mesmo tempo aos meus joelhos que estão pisados, por eu ter caído já em dois, ou seja, quatro meses, cai quatro vezes e em todas me pisei muito. Continuo trabalhando na medida do possível. Se fosse outra estaria internada num hospital.
Sou grata, muito agradecida a Deus por estar presente em mim dando-me esta força, sei que não sou eu quem vive, mas sim este Jesus Eucarístico que comungo ao confessar-me. Nossa Senhora tem presença viva em minha vida e de minha família. Só assim posso entender a paz e mesmo com muitas decepções, continuo alegre e com muita vontade de viver e ajudar os outros. Quero dar tudo de mim para ver minha família feliz.
Quero cuidar mais e melhor de meus netos e netas.
Viver é caminhar firme sem nada temer, é respeitar os mandamentos da lei de Deus, é sentir Amor sem egoísmo, jamais sentir ódio, não sei o que é isto, ódio em mim.
Só sei Amar a Deus e ao próximo e agradecer por tão grande Amor.
(Estou muito inchada)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2001

Diário do Willian XIV

A Marina e o Willian são como irmaozinhos, tem um pelo outro este apego de irmãos, saem juntos, e os pais se tornaram bem família. Abraçaram a unidade sem se perceberem.
Estou feliz por ter ajudado a cria-los juntos e isso ter acontecido.
Há muito respeito, mas gostam de brigar também, mas é assim entre irmãos. O importante é sempre se perdoarem e se darem bem, espero que seja sempre assim. "Amém"
Da vó coruja
Vó Ia

OBS: Continuo preocupado com o peso do Willian, estou pedindo aos pais que levem ao médico, para controlar a alimentação e debelar a obesidade em tempo.

nota: o diário do Willian tem 16 capítulos numerados em romanos

Diário do Willian XIII

Gente: Este diário ficou parado, sem anotações, já se passaram mais dois anos; Mas relendo, resolvi dizer que o Willian está com oito anos e pesa cinqüenta quilos, vejam "como eu previ".
Quando foi para a creche, notei esta modificação, mas como o pai dele é exagerado, o menino o segue. Ante-ontem, dia três, estiveram aqui em casa para cortar o cabelo.
O meu nenê está grandinho e continua cada vez mais amado e carinhoso, é um belo menino, educado, amoroso e muito sentimental. Estamos cada vez mais apaixonados fraternalmente, ou seja, maternalmente. Passa muito tempo sem me ver e vice-versa, mas demonstra que estava ancioso por me ver.
Sinto muita saudade dele, mas como cuido da Marina; A Eleonora e o Eduardo vieram morar aqui em POA, eu passo o meu tempo à me preocupar com todos e ocupo meu tempo todo com a família. O Marcelo está aqui com o Ademir, o Adilson está sempre em casa. Então minha vida é fazer o bem sem olhar a quem.
Mas o meu assunto é o Willian, quando esteve aqui, me abraçou tanto que eu fico emocionada, mas continuo a desejar, para ele, toda a felicidade do mundo, principalmente às Bençãos de Nosso Senhor Jesus Cristo, com o Pai e o Espírito Santo.
Peço a Virgem Maria que o cubra com seu Manto Sagrado e carregue-o em seu colo Maternal para sempre.
Toda vida, guiando o caminho para que ele seja muito feliz.
Dou Glória a "Deus Pai" por este netoe por todos, para a felicidade da Família, Amem.
Vó Maria

nota: o diário do Willian tem 16 capítulos numerados em romanos

segunda-feira, 10 de julho de 2000

Intenções de todas as missas

Hoje pretendo assitir a missa das 10 horas na Capela Dom Orione, da qual faço parte, desde o projeto de construção, colocação da pedra fundamental, e sempre em todas as missas que estou, peço intenções pela alma de João Atamiro, fica escrito no caderno das intenções, desde o primeiro dia da morte dele.
Muitas destas missas eu sou a comentarista, ou faço parte da liturgia, sou do apostolado da oração, coordenadora das capelinhas que visitam as familias, sou dizimista, sou voluntária nos trablho que favorecem os humildes, sou uma amiga de Maria e Santa Tereza de Jesus, do Beato Luiz Orione, de todas irmãs religiosas. As Imaculatinas do bairro Cruzeiro, das Terezianas, das Jesus Cruxificado, das Coração de Maria e tantas outras.
Sou muito grata a Deus, por todo o Clero, pelos padres dos quais (nós) eu posso confessar meus pecados, me purificar para viver uma vida digna de Cristã. Sou madrinha de uma religiosa, caminho com Cristo e Maria Virgem e Mãe, respeitando meus limites, em obidiência a "Santíssima Trindade" na qual estamos vivenciando esta ano santo 2000.
"Dou graças, amem"

domingo, 9 de julho de 2000

Relato da saída

Vou relatar como foi a saída de meu marido de casa: Ele depois que se aposentou, ficou muito nervoso, sempre estava a ir ao médico, se dizendo doente, dificilmente passava uma semana sem ir ao cardiologista.
Foi em um dia que compramos materiais de construção para edificar um muro do lado direito do terreno onde moramos. Ao chegar o caminhão de areia e tijolos, este subiu na calçada da frente e demoronou-a, quebrando e danificando a rede de esgoto e da água, foi péssimo o dano, neste momento o João perdeu todo equilibrio e imediatamente se dirigiu ao Hospital de Cardiologia para se medicar.
Quando chegou em casa falou ao filho Mário Luiz que, precisava por ordem médica sair de casa para se curar, então o filho lhe respondeu, vá pai, para a tia Lurdes em Capão da Canoa ou a tia Luiza em Niteroi (Canoas).
Ele então imediatamente, pegou algumas roupas e objetos de uso diário e tomou o ônibus e se foi.
Alguns dias depois procurei saber dele, se realmente estava nas casas indicadas, mas não estava, então nós ficamos apreensivos e eu fui na rodoviária onde os parentes dele tinham comércio, foi ai que ele passou a se comunicar com os filhos indo no trabalho dos mesmos.
Disse que estava muito feliz, estava fazendo grandes pescarias com os amigos e passando cada tempo na residência dos mesmos.
Então eu pedi a meu filho para entrar em contato com ele e marcar uma aproximação para dialogarmos, isto doi feito por diversas vezes, mas não consegui que ele voltasse para casa, mas não desisti, fiz propostas para que se ele voltasse, cuidarmos dos netinhos dos pais separados, mas ele nãoa ceitou, mas eu assim fiz, cuido na medida do possível até hoje.
Mas nestes dias, meses de ausencia dele de casa, busquei a verdade, qual não foi minha surpreza, ele ja tinha outra residência a da Telmo Vergara, bairro Intercap, mas com outra pessoa, foi grande minha dor, mas compreendi que ele optou assim para se curar dos problemas do coração. Sempre procurava os filhos para que eu lhe desse o divorcio, mas eu relutei porque eu e os filhos necessitavamos da presença dele em casa, eu fiquei como uma balança sem peso (daquelas antigas) nem para cima, nem para baixo, fiquei muito doente até que perdi o que fazia, meu trabalho humilde de cabeleireira, para ajudar os filhos para o estudo deles e mesmo na alimentação. Qual não foi iso, que, quase perdi nosso filho menor ainda o Adilson em um acidente.
Nesta época em 1988, pedi a meu marido para ajudar a cuida-lo em horas alternadas no H. Militar, o João Atamiro prontamente me correspondeu e dividiamos as dores e cuidados dispensados à este filho, foram longos meses.
Mas um dia me chegou um oficial de justiça com uma intimação para comparecer em juizo.
Quando compareci e fui ao encontro da pessoa dele, o meu marido João Atamiro, foi tão bonito o que aconteceu; Nossos advogados não encontraram o juiz ou promotor, então os dois advogados foram dialogar ou assinar a presença.
Eu e meu marido ficamos sentados em um banco num corredor enorme, ficamos como se não houvesse nada à ser feito, do que nós fomos fazer. Conversamos muito sobre os filhos, sobre nós, eu me sentia feliz pois estava com saudades dele, então não houve audiência e saimos nós e os advogados, quando ao passarmos por uma porta do corredor os nossos quatro filhos sairam dali e vieram ao nosso encontro com sorrisos e abraços, eu e meus filhos voltamos, mas ele não, se foi novamente.
Passaran-se muitos anos, nós sempre em contato por telefone em reuniões de familia em casa dos ilhos ele veio em casa.
Mas a outra mulher dele sempre impedia tal relacionamento, pois era muito agressiva com meus filhos e familiares dele, exemploa Elizabete, afilhada e sobrinha nossa, por parte dele.
Neste ausencia, ele foi internado para receber um marca-passo, problemas cadiaco.
Os filhos foram avisados, e foram ter com o pai, mas eu era proibida de ir, porque ela mandava recados por intermedio de nossos filhos mas sem conhecimento do João, para eu não ir lá, que o João não queria minha visita.
Mas como eram problemas do coração dele, eu para não agravar, ficava orando e angustiada para estar junto e cuida-lo, mas ela sempre foi taxativa, não é para ela vir.
Meu filho Ademir, dia, mãe não vá, porque ela pode armar um escandalo e prejudicar o pai, eu respeitei sempre meus filhos, mas eu tomava conhecimento da saúde dele, ligando para saber notícias, desta vez foi tudo bem.
Mas passados algum tempo teve de novo fazer algo referente ao coração, novamente ela mandou novo recado, que eu não fosse lá, pois ele o João não queria, mas eu esperava que ele voltasse para casa e eu ligava ou seja telefonava para falar com ele, para saber da saúde dele, sempre fui bem aceita e recíproca em nossa comunicação, mas eu não tocava na proibição, para que ele não se encomodar, sempre procurei ajuda-lo aproximando os filhos, os netos e enviando-lhe cartões de natal, dos quais ela riscava e devolvia a mim sem assinar a remessa. (Mas com aviso de que o João e eu não precisamos disto).
Mesmo assim eu continuei a proporcionar melhores dias a meu marido, porque sentia que ele não era feliz, como queria, mas notei que ele se sentia muito só.
Sempre indo no trabalho dos filhos e até trabalhando junto, porque ele se registrou como despachante no Detran e exercia esta função nas repartições onde os filhos trabalhavam, mas não sei porque parou de fazer isso; Novamente entrava em depressão e procurava falar com a filha, nesta ele perguntou se a nossa nora Zuleica que tem uma firma de prestação de serviço, junto a condomínios, aceitaria ele, o João para fazer alguma coisa, pois não aguentava ficar em casa, então minha (nossa) filha lhe respondeu, vá pai e fale com eles, foi assim com a ajuda da Jurema que ele falou, mas o filho que é companheiroda Zuleica, perguntou-me. Mãe, o que acha de nós aceitar-mos o pai para trabalhar na firma Max-Service? Eu respondi, filho o teu pai quer conviver com a familia, é a hora de traze-lo para perto de nós, então nosso filho e a mulher dele, lhe deram só incubência de participar dos trabalhos, tudo amigavel, só para que ele não se sentir só. Sei que ele o João fazia da melhor, até comida passaram a fazer lá, das quais ele é que dava o cardápio.
Tinha a cama para ele repousar após o almoço, nestes anos nós sempre nos encontrava na casa do Mário, como bons amigos.
Não sei quanto quanto tempo ele gozou desta felicidade pois fez novos e grandes aigos, se tornou tão importante na firma e para os familiares da Zuleica que quando ele sai para novamente tratamento de saúde, todos sentiram sua falta, foi grande o carinho que ele recebeu e eu sempre em oração pela família e recebendo graças sobre graças.
Novamente fez exames médico e verificou que tinha de fazer uma cirurgia para retirada de um quisto ou algo parecido. Mas desta vez eu não fiquei sabendo, o sigilo foi tão grande que nem o Adilson, o filho que mora comigo em casa, só ficou sabendo depois que ele estava em casa, mas eu conversando com minha netinha de quatro anos, ela me disse, vó eu e papai ficamos no jardim do Hospital para a mamãe ver o vô João que esta lá, fiquei surpresa, porque ninguem falou nada. Foi ai que perguntei a Jurema o que estava acontecendo e ela respondeu que, o pai tinha sido operado, mas que era simples só um furinho e ele estava bem, mas eu não acreditei e rapidamente tomei o telefone e liguei para meu marido na casa dele.
Ele atendeu e perguntei dele,me respondeu que: eu estou aqui com a barriga toda aberta, não me sinto bem, estou ruim e começamos a chorar, ele lá e eu aqui, foi muito doloroso saber que ele estava só em casa, com necessidades de cuidados especiais e eu não poder ajudar pessoalmente. Falei, fica sossegado, te acalma para que logo estejas bom, acredita estou sempre a rezar por ti, estou a trabalhar na Igreja para que nossa família seja abençoada por "Deus" e tudo melhore, mas em pranto fiquei muito triste, mas como tenho fé continuei a falar; Quero te dizer que desta vez eu não sabia até agora, foi a Marininha que me alertou, quero te dizer se eu tivesse conhecimento de tua hospitalização desta vez eu iria te acompanhar lá, mas lamento, esconderam de mim. Eu iria te visitar porque não doi problema de coração e contei tudo à ele sobre as proibições da Constantina, e além de tudo magoando nossos filhos com tais recados dirigidos a mim, mãe deles, doi muito.
Mas passaram-se um mês e dias e tudo foi repetido, novamente foi hospitalizado, desta vez por um infarto, ela novamente usou de mã fé, usou no filho Mário Luiz.
O Meu marido João foi internado na Santa Casa às vinte horas, mas desde as três da tarde estava infartado, não compreendo porque tanto tempo para o socorro.
Desta vez foi assim...
Ela avisou os meus filhos que residem mais próximos , não sei a hora, mas o Mário Luiz foi ao hospital e viu o pai em estado desesperador, em coma profunda, então como a Constantina estava com roupas pouco confortáveis, ele o Mário se prontificou a levá-la em casa para prevenir o agasalho necessário. Foi ai neste interim que ela se dirigiu dizendo, diz para a Maria tua mãe que o João não quer que ela venha no hospital, que ela não apareça, mas o Mário Luiz viu que era impossível não me dizer, porque o estado do pai era gravíssimo, então me telefonaram comunicando o ocorrido. Eu sou vó babá com responsabilidades excessivas, mas após ter liberado a Marina para a escola do qual meus visinhos é que levaram a mesma junto dos filhos deles até a aula.
"A pessoa em coma profunda proibiria?"
Então eu ja havia descidido que desta vez ela, a Constantina não me proibiria de vê-lo.
Falei para meus visinhos e amigos dizendo: Eu teimei com minha (falecida) mãe e me casei com o homem que eu amo, não é a constantina que vai me afastar do meu marido nesta hora, eu quero estar junto dele, eu quero falar pessolamente , nem que seja sentir ele próximo a mim.
Cheguei no hospital, meus fihos lá estavam junto ao pai no leito, eu e todos choravamos, mas tinhamos esperanças e fé, mas a vontade de Deus é maior, a idade dele, setenta e um anos e muitos problemas de saúde, e mesmo a solidão do qual soubemos que ele estava a se queixar, porque depois que saiu da firma da Zú, se sentiu abandonado, apesar de estarem em contato.
Lá na Santa Casa falei com o Padre Lino para que o João fosse assistido com mais este sacramento, o da unção dos enfermos, dos santos óleos e tudo mais, que um cristão merecidamente faz júz. O Padre como é de costume e o apostolado dele é maravilhoso mostrou-me a lista de paciêntes baixados todos os dias e que ele carinhosamente acompanha.
Contei tudo ao Padre Lino, chorei muito e ele me deu a benção e palavras amigas das quais só ele as saber dar, porque um Capelão de hospital é um verdadeiro ap´sotolod e Cristo.
Fui na capela rezar o terço, o rosário de Nossa Senhora, pedi pela recuperação do meu marido, pedi pela conversão da Constantina e por todos que ali se encontravam doentes e muitos abandonados.
Vendo e sentindo tudo isto, agora escrevo para um futuro de graças a meus filhos e netos, que lhes sirva de luz da caminhada.
Maria Arzelina da Silva